“A estrutura do Apocalipse também é projetada de acordo com os serviços do santuário do Antigo Testamento. O livro está repleto de referências ao templo e à sua mobília. O santuário celestial é visto, no Apocalipse, como o centro de toda a atividade divina na Terra. O livro inteiro parece ser modelado de acordo com os serviços do santuário do Antigo Testamento. Nessa estrutura, o Apocalipse é dividido em sete partes principais. Cada uma dessas partes é introduzida com uma cena do santuário. O livro retrata todas as ações divinas na Terra como resultantes das atividades no templo celestial.”
Prólogo (1:1-8)
1 – Cena introdutória do santuário: Cristo entre os candelabros (Terra) (1:9-20)
Mensagens às sete igrejas (2–3)
2 – Cena introdutória do santuário: inauguração do ministério de Cristo no santuário celestial (4–5)
Abertura dos sete selos (6:1–8:1)
3 – Cena introdutória do santuário: intercessão de Cristo no Lugar Santo (8:2-5)
Toque das sete trombetas (8:6–11:18)
4 – Cena introdutória do santuário: obra de juízo de Cristo no Lugar Santíssimo (11:19)
A ira das nações (12:1–15:4)
5 – Cena introdutória do santuário: conclusão do ministério de Cristo no santuário celestial (15:5-8)
As sete últimas pragas (16–18)
6 – Cena introdutória do santuário: ausência do ministério de Cristo no santuário celestial (19:1-10)
Consumação escatológica (19:11–21:1)
7 – Cena introdutória do santuário: presença de Deus com o Seu povo (Terra) (21:2-5)
A Nova Jerusalém (21:9–22:5)
Epílogo (22:6-21)
Todo o Apocalipse, portanto, está estruturado explicitamente em torno da pessoa e da obra de Cristo no santuário celestial. A relevância dessa estrutura para compreender o Apocalipse ficará mais clara ao longo da Lição da Escola Sabatina.
Adaptado de Ranko Stefanovic, Plain Revelation: A Reader’s Introduction to the Apocalypse (Andrews University Press, 2013). Veja também Kenneth A. Strand, “As oito visões básicas no livro de Apocalipse”; Richard M. Davidson, “Tipologia do santuário”, em: Estudos Sobre Apocalipse: Temas introdutórios (Unaspress, 2017). Via Matheus Cardoso